domingo, 11 de maio de 2008

Um dia das mães mais feliz

Por Bianca Fragoso

Graça Cavalcante ganhou um grande presente neste dia das mães: um novo filho. Para quem também deseja adotar uma criança, é bom ficar atento, o Cadastro Unificado de Adoção irá acelerar o processo nacional, além de proporcionar números mais precisos de órfãos à espera de um lar.


Ela tem 57 anos, é viúva, tem quatro filhos adultos e três netos. Sua rotina começa cedo, às 6h da manhã, quando sai de casa para costurar e atender uma agenda farta de clientes. Adotar uma criança, nessa altura do campeonato, não fazia parte dos planos da cearense Graça Cavalcante.

As coisas nem sempre são como se planeja. E a idéia de um novo integrante da família veio quando Leila, filha do meio de Graça, comentou que conhecia uma mulher grávida que pretendia dar o filho. Dias depois, o assunto voltou a ser comentado em casa e a novidade era que encontraram um casal para adotar o bebê. Havia apenas uma condição: queriam que fosse uma menina.

Não era. Ao saber da desistência do casal para adotar a criança, Graça começou a ver que sua vida poderia mudar. Ela então aceitou o desafio e se viu em uma situação não vivida há muito tempo. Tudo aconteceu de forma rápida e, após três dias de vida, Arthur já estava na nova família. Graça entrou na justiça e, no momento, está com a guarda provisória da criança.

O Dia das Mães, segundo ela, será mais feliz esse ano. “Eu já estou apaixonada por ele. A gente cria um amor, um carinho igual ao que a gente tem pelos outros filhos. E esse dia das mães será diferente, sim. Será melhor.”

Novidades no Processo de Adoção

O Conselho Nacional de Justiça lançou, na semana passada, o Cadastro Unificado para Adoção. Com o novo sistema será possível acelerar o processo nacional e saber o
número exato de crianças à espera de uma família no país. A vara de cada Estado receberá um código de acesso via web para se cadastrar e a expectativa é que todas as informações sejam postadas até novembro deste ano.

O trâmite continua quase o mesmo: o futuro pai entra na fila, depois de solicitar o pedido de adoção na Vara da Infância. Lá, ele indica o perfil desejado e depois essas informações são publicadas. Haverá, assim, um grande banco de dados e os perfis publicados em cada vara serão cruzados com as do restante do país.

Segundo o IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a maioria dos pais prefere meninas, de cor branca, com até cinco anos de idade. Isso mostra que os perfis não se cruzam. A conselheira do CNJ, Andréa Pacha, explica que a realidade é diferente e que, pelo menos, metade das crianças e adolescentes são meninos e têm mais de sete anos. Desses, quatro em cada cinco são negros.

Foto: Bianca Fragoso

4 comentários:

Mônica Plaza disse...

Oi Bianca!

Gostei muito da sua matéria! =D
Foi um assunto diferente para se tratar no dia das Mães, quando a maioria só pensa em falar da mães do "senso comum".

As Calcinhas Delas disse...

Ainda bem que gostou, Amanda. Obrigada.

Unknown disse...

Fiquei emocionada com a matéria!!!
Mas a minha opinião é duvidosa, pois estou diretamente envolvida... Mas posso dizer que foi muito bem elaborada, pois isso todos estão vendo!!! Parabéns!!!

Anônimo disse...

Aff...
que lixo
vc não tem o que fazer??
pra ficar escrevendo coisas idiotas
se encherga
vai arruma um trabalho...
pra ve se para de escreve coisa que não tem nada a ver!!!