sábado, 10 de maio de 2008

Ser mãe é amadurecer

Por Diândria Daia


Ser mãe e estudante universitária é um retrato da mulher moderna, que cada vez mais se insere no mercado de trabalho e nas escolas, mas não deixa de exercer os papéis considerados tipicamente femininos. Trabalhar, estudar e cuidar da família compõem a maratona de algumas mulheres de hoje.

Maria José Nascimento Silva, 28 anos, é um exemplo desse perfil. Trabalha diariamente de 8h às 18h, na secretaria do curso de Comunicação Social da Universidade Católica de Brasília (UCB), e faz o segundo semestre de Contabilidade à noite. Além disso, é mãe de duas meninas: Camilla de 10 anos e Marielle de 4. A correria é grande e Maria José diz que sente falta de ficar mais tempo com as filhas, mas alegra-se muito com a experiência. “É trabalhoso, mas é muito bom. Eu acho que toda mulher deveria ser mãe”.

Ela conta que a situação hoje não é fácil, mas no começo foi pior. Grávida da primeira filha aos 17 anos, ela não teve o apoio imediato dos pais, que ficaram um tempo sem falar com Maria José. Apesar dos momentos difíceis, acredita que a maternidade fez ela se aproximar de sua mãe. “Eu entendo muito mais a minha mãe, hoje ela é minha amiga, me liga todo dia, me ajuda. Minha mãe me ama.” Além do apoio dos pais, Maria José diz também que seu marido ajuda muito em casa e é um pai bem presente.

Atualmente sem trabalho formal e longe dos estudos, Ana Lígia da Silva Chaves, 31 anos, também fala de sua experiência como mãe universitária. A estudante de Biologia da UCB mora com os pais, no Guará, e é mãe de Giovanna, de 7 anos.

A gravidez não a afastou dos estudos, nem da pesquisa de campo, típica do curso. Ana Lígia teve apoio de professores e amigos e levou uma gravidez tranqüila, estudando até o nono mês. “Só não viajei para Pirinópolis para um trabalho da faculdade, porque os professores não deixaram, ficaram com medo da Giovanna nascer durante a viagem.” Na época ela estava no oitavo mês, e levou os estudos até o último momento “Deixei de ir à faculdade numa sexta-feira, e na quarta da semana seguinte a Giovanna nasceu.”




Tanto Maria José como Ana Lígia concordam que durante a gravidez a mulher já se sente mãe. Suas prioridades mudam e todos os seus planos passam a girar em torno da criança. Ana Lígia diz também que um dos momentos mais marcantes de sua experiência como mãe foi logo que sua filha nasceu “Quando a obstetra colocou a Giovanna em meu colo, eu chamei o nome dela, e ela abriu os olhos e olhou pra mim”.
Foto: Diândria Daia

Um comentário:

Anônimo disse...

Ótimo texto.
(E a Gi é uma figurinha rara, uhauhauhauhaha!)