sábado, 26 de abril de 2008

Novidade em estética pode encorajar as mulheres

Por Diândria Daia
Com colaboração de Larissa Itaboraí


Que mulher está completamente satisfeita com a sua aparência? Se você tem o privilégio de responder que está, parabéns. Mas esse não é o caso da maioria das mulheres. Várias já sonharam com lipoaspiração, silicone, correção de imperfeições faciais e muito mais. Além de ser uma atitude muito drástica, as cirurgias estéticas não são baratas. Mas uma novidade do mercado de Brasília tem feito aumentar a procura por este tipo de serviço. É a plástica parcelada.

Administradora de Saúde, Cirurgia Plástica e Tratamentos Estéticos Fitcorpus lançou em Brasília o serviço de financiamento de intervenções cirúrgicas e estéticas. A empresa opera em parceria com clínicas de cirurgia plástica, medicina estética e hospitais em busca de facilitar a realização daquele sonhado retoque na aparência, mesmo para quem tem baixo orçamento. O pacote financiado inclui a intermediação com laboratórios, hospitais e fornecedores, e ao parcelar todos esses serviços, facilita o acesso a essa prática.

A polêmica fica por conta das conseqüências da popularização de uma intervenção tão radical como as cirurgias estéticas. Embora a prática de parcelamento e financiamento da operação seja regular para clínicas, Luiz Fernando Galvão Salinas, 2º secretário do Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF), não aprova.

Segundo matéria publicada no jornal online NaPrática, Salinas considera as clínicas que utilizam essa prática como antiéticas. Há uma resolução do Conselho Federal de Medicina que proíbe que médicos autônomos negociem financiamento ou parcelamento de cirurgias, porém há uma brecha na regulamentação que permite que clínicas façam essas operações. Porém, caso haja denúncia de algum paciente que tenha se sentido prejudicado, o conselho, após investigação, pode punir profissionais que forem pegos negociando diretamente com financeiras. A pena vai de uma advertência confidencial à cassação do CRM do profissional.

O que está em questão é a segurança do paciente. Rose Fragoso, jornalista e moradora do Guará, já viu propagandas desse tipo de serviço, mas disse que não confia. "Parece absurdo, eu não dou credibilidade para isso. Eu não acho muito confiável." Ela já se submeteu a uma cirurgia estética, e não se arrepende da decisão. Gostou do resultado e até faria novamente. Rose admite que o tratamento é caro e que se deve avaliar as prioridades. "Tem que ter determinação. Se a sua prioridade é essa, se vai ajudar na auto-estima, e tem condições, faça". Mas adverte: "Tem que ter um certo cuidado. Verificar a procedência da clínica, do médico; se é credenciado, se tem tempo de experiência".

Mas o que é novidade no mercado de Brasília não é assim tão novo em outras capitais. O site "Plásica Parcelada" (veja link no final) trás o contato de intermediadoras de clínicas de estética em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador e até mesmo Manaus. O site, assim como o da Fitcorpus, trás ainda tabela de preços, informações sobre clínicas e depoimentos de mulheres que já passaram pela experiência e gostaram.

Para quem se animou com a facilidade, é importante ponderar se o melhor caminho para ficar de bem com o corpo é mesmo uma cirurgia. Ninguém quer gastar um dinheirão para mais tarde perder as curvinhas que conseguiu ganhar ou não ficar satisfeita com o resultado. Além disso, é bom ficar de olho para não cair nas mãos de profissionais mais comprometidos com seu dinheiro do que com sua saúde.


Confira:

5 comentários:

Unknown disse...

A Diandria é uma garotinha daquelas que a gente não esquece, e vem se revelado uma próspera foca. heheheeh Gostei da pauta sobre as intermediadoras de serviços estéticos, pois explana sobre as facilidades, mas também alerta os leitores sobre os riscos de tornar uma intervenção cirúrgica tão popular. Bom, gostei bastante do seu jeito "marieclairer" de escrever. hehehehe
beijão, guria!!!!!!!!!

Papillon disse...

Eu me decepciono um pouco ao saber que este é o tipo de reportagem que continuaram a sair nas revistas femininas dos próximos anos, já que é esta a mentalidade das nossas futuras jornalistas. Parabéns, meninas, a reprodução midiática de padrões estéticos deturpados vai continuar promovendo as desigualdades de gênero.

Anônimo disse...

dar uma estudada na gramática faria muito bem a vc, diana

As Calcinhas Delas disse...

Papillon,

Se possível, gostaríamos que você apontasse qual aspecto da reportagem "Novidade em estética pode encorajar mulheres" lhe causou a impressão de "reprodução de padrões estéticos deturpados".

De acordo com a repórter Diândria Daia, a matéria não discute nenhum padrão estético e nem incentiva a prática da plástica, mas divulga um SERVIÇO e aponta as polêmicas envolvidas. A matéria apenas não condena quem quer fazer alguma cirurgia. O blog As Calcinhas Delas acredita que a mulher tem total liberdade de fazer o que quiser com seu corpo. No final da reportagem também tem um alerta: "é importante ponderar se o melhor caminho para ficar de bem com o corpo é mesmo uma cirurgia".

De qualquer forma, somos alunas e estamos dispostas a aprender. Seus comentários serão sempre bem-vindos e nos servirão como base de crescimento.

Convidamos a nos responder e a continuar lendo as matérias desse blog.

Gratas

As Calcinhas Delas

Anônimo disse...

Justo o que eu procurava sobre novidades na estetica 2020. Obrigada!